Segunda-feira, Novembro 07, 2005

Tecnologia móvel traz para surfista prancha com computador



Surfar literalmente na internet nas ondas do mar. Esta expressão, que antes podia servir apenas como uma idéia lúdica e um tanto poética para os mais brincalhões de plantão, hoje tem uma conotação bem real pois já é uma possibilidade.

A Intel, fabricante de processadores para computadores, criou a primeira prancha de surfe equipada com laptop com conexão wireless e a novidade foi testada pelos irmãos Teco e Neco Padaratz na Praia da Joaquina, em Florianópolis (SC). O novo conceito de mobilidade sem barreiras, envolve um melhor desempenho, formato e peso reduzidos, bateria de duração prolongada, além de uma conexão pronta para ser usada nos padrões da plataforma wireless. A prancha foi desenvolvida para o Intel Gold Coast Oceanfest 2004, evento de esporte e música realizado na Inglaterra. Foram produzidas cinco pranchas e uma delas ficará no Brasil até o final do ano. Os irmãos Teco e Neco Padaratz surfaram com a prancha e vislumbraram grandes oportunidades dessa inovação para as competições de surfe. “A idéia é fantástica. A tecnologia avança tanto e tão rápido que este primeiro modelo pode no futuro ser muito importante para o nosso esporte”, diz Teco Padaratz, o primeiro a entrar no mar com a prancha equipada com laptop wireless na Praia da Joaquina. “Fico imaginando uma competição num lugar onde a gente não consiga ouvir as notas passadas pela locução e poder ver as notas da onda que a gente acabou de surfar num computadorzinho menor que esse, acoplado na prancha com a planilha dos juízes, com as informações das notas dos adversários e de quantos pontos a gente precisa para vencer”, acredita Teco Padaratz. Seu irmão mais jovem e também bicampeão mundial do WQS, Neco, também aprova a novidade trazida para o Brasil. “Isso é mais uma prova do quanto o nosso esporte ainda pode evoluir em relação ao material que utilizamos e será muito importante nas competições num futuro bem próximo e a prova está aqui”, relata Neco, que também pensa no quanto seria importante essa evolução para as competições de surfe.

A nova tecnologia deve facilitar a comunicação numa bateria tanto para os surfistas quanto para os juízes, por exemplo. “Este é um produto bruto que pode ser lapidado para as nossas necessidades, com um computador menor para encaixar mais facilmente nas pranchas. A gente vendo ali as notas, é uma maneira de se auto analisar sem precisar fazer gestos, principalmente quando a gente está concentrado na bateria”, opina o bicampeão mundial do WQS. Para poder entrar na água, foi feito um abrigo impermeável para acondicionar o laptop. Para funcionar na praia, a prancha utiliza tecnologia móvel com bateria solar, só necessitando de um área com wireless disponível por meio de um hotspot. A novidade permite conexão com a web e até mesmo tirar fotos e transmitir imagens durante a prática do surfe.